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A anquilose de um dente resulta de um traumatismo na idade de crescimento fundindo o cimento ou dentina ao osso alveolar. O dente ou dentes não erupcionam e sua posição se mantém fora do plano oclusal.

A solução para um dente anquilosado na frente anterior é difícil.

Existem soluções prostodônticas e/ou cirúrgicas, com ou sem ortodontia, como luxação de um dente ou exodontia seguida de implante com enxerto. Esses procedimentos deixam um degrau no plano oclusal e uma margem gengival de difícil solução.

Os melhores resultados são obtidos quando se combinam ortodontia com cirurgia de deslocamento do fragmento dentoalveolar em bloco e posterior manejo deste com métodos ortodônticos e/ou distração osteogênica.

Apresentamos um caso em que foram realizadas osteotomias do fragmento dentoalveolar de um incisivo em processo de reabsorção radicular e posterior manejo ortodôntico com braquetes utilizando o dente. Uma vez nivelado o dente e ajustado o plano oclusal, foi substituído de forma complexa com enxertos e implantes.

 

Anamnese:

  • Nome: B.LL.
  • Idade: 18 anos.
  • História médica: Trauma antigo com avulsão do incisivo central superior esquerdo permanente e posterior reimplante do mesmo. Não apresentava história de doenças sistêmicas, tratamento farmacológico no momento ou alergias.
  • Motivo da consulta: Falta de estética na parte anterior.

 

Diagnóstico:

1. Análise facial (Figs. 1a, 1b e 1c)

  • Sorriso gengival.
  • Estética do sorriso alterada pela posição apical do 21.
  • Perfil reto.
  • Leve desvio da linha média superior para a esquerda.
Fig. 1a. Início frontal. b. Início frontal sorriso. c. Início lateral direito.

2. Análise radiográfica

  2.1. Ortopantomografia. (Fig. 5)

  • Dentição permanente.
  • 21 com reabsorção radicular interna, externa e anquilose.
  • Presença dos cordais em desenvolvimento.
Fig. 5. Ortopantomografia.

2.2. Telerradiografia lateral de crânio e traçado cefalométrico. (Fig. 3 e 4)

  • Mesofacial.
  • Classe I óssea.
  • Incisivos corretamente posicionados em relação às suas bases ósseas.
Fig. 3. Traçado cefalométrico.
Fig. 4. Telerradiografia.

3. Análise intraoral (Figs. 2a, 2b e 2c)

  • Margem gengival do 21 muito desnivelada devido à anquilose.
  • Desvio da linha média superior de 2 mm para a esquerda.
  • Classe I molar e leve classe II canina direita.
  • Classe I molar e canina esquerda.
  • Ressalte: 2 mm.
  • Sobremordida: 2,5 mm.
  • D.O.D.: Superior: - 2 mm. Inferior: - 1,3 mm.
Fig. 2a. Intraoral lateral direito.
Fig. 2b. Intraoral lateral esquerdo.
Fig. 2c. Intraoral frontal.

 

Tratamento

Ortodontia pré-cirúrgica (Figs. 6 e 7)

Fig. 6.
Fig. 7.

O cimentação de brackets foi realizada levando em consideração que se desejava obter uma adequada divergência radicular nos dentes adjacentes ao incisivo central anquilosado, motivo pelo qual se variou inicialmente a posição do bracket do incisivo central superior direito a fim de que expressasse o tip em maior medida do que a incorporada na prescrição do bracket (5º) e não sendo necessário no caso do canino, pois este já possui uma quantidade suficiente de tip para deslocar a raiz para distal (13º).

No curso do tratamento de ortodontia pré-cirúrgica, procedeu-se à abertura do espaço para o 21, sobrecorrigindo-o com o objetivo de gerar uma quantidade suficiente para facilitar a posterior cirurgia e descida do fragmento. Isso implicou que a linha média superior se desviasse para a direita em relação à inferior nesta fase do tratamento.

Seguiu-se uma sequência convencional de arcos até a obtenção da suficiente divergência radicular e espaço entre as coroas (0.14, 0.18, 19x25 de NiTi Térmico, 0.20 de Aço).

 

Cirurgia

Sob anestesia geral, foi realizada uma incisão horizontal de 8 mm. acima da margem gengival do dente anquilosado. Foi levantado um retalho mucoperióstico que se estende um dente de cada lado do fragmento a ser cortado.

O corte superior do bloco é realizado 4-5 mm. acima do ápice e através de túneis, cortes verticais até a crista alveolar. O procedimento foi realizado com bisturi ultrassônico BTI com ponta muito fina. Em todo momento, a mucosa palatina e a ponte de gengiva queratinizada ao redor do dente a osteotomizar foram preservadas.

O bloco tinha um design trapezoidal para deslizar o segmento ósseo. Uma vez fraturada a cortical palatina, o fragmento foi mobilizado livremente. A colocação de um distractor foi descartada devido à dificuldade de sua localização, ao difícil manejo do vetor, à necessidade de uma segunda cirurgia e ao custo.

Ortodontia pós-cirúrgica (Figs. 8a, 8b e 8c)

Fig. 8a. Pós-operatório lateral direito.
Fig. 8b. Pós-operatório lateral esquerdo.
Fig. 8c. Pós-operatório frontal intraoral.

Uma vez realizada a cirurgia, esperaram-se 8 dias de latência e começou-se a tração cimentando um bracket na coroa do 21 o mais gengival possível e ligando à distância ao arco de aço. Posteriormente, continuou-se a extrusão do fragmento empregando uma técnica de duplo arco (arco base de 19x25 de Aço e sobreposto passando também pelo 21, de 0.14 de NiTi Térmico).

No momento em que se conseguiu o alinhamento da ranhura do bracket do 21 com o dos demais brackets, prosseguiu-se com sua extrusão, sobrecorrigindo sua posição até fazer coincidir o processo alveolar com o dos dentes adjacentes (o nível desejado pelo implantologista e pelo prostodontista). O tempo utilizado na descida do fragmento foi de 2 meses.

Por último, foi efetuado o fechamento de espaços e a coordenação das arcadas. Durante a prática total da fase de ortodontia pós-cirúrgica, foram utilizados elásticos intermaxilares leves com o objetivo inicial de minimizar os efeitos secundários da tração e, posteriormente, obter um correto assentamento e intercuspidação dos dentes antagonistas. O tratamento ortodontico teve uma duração de 16 meses.

Final (Figs. 9-13)

Fig. 9a. Final frontal. b. Final frontal sorriso. c. Final lateral direito.
Fig. 10a. Intraoral lateral direito.
Fig. 10b. Intraoral lateral esquerdo.
Fig. 10c. Frontal intraoral.
Fig. 11. Traçado cefalométrico.
Fig. 12. Telerradiografia.
Fig. 13. Ortopantomografia.

Posteriormente, uma vez finalizada a ortodontia e considerando que o dente não tinha bom prognóstico, foi realizada a exodontia. Deixou-se um tempo, para não perder mais gengiva queratinizada, de outros dois meses e foi colocado um enxerto de osso monocortical retirado da rama ascendente da mandíbula, aproveitando a exodontia do terceiro molar inferior. O enxerto foi fixado com um parafuso Martin 1,6x11 mm e foi colocada uma membrana de colágeno reabsorvível.

Aos quatro meses, foi avaliado o estado do enxerto ósseo e, uma vez comprovada sua estabilidade e sua mínima reabsorção, foi colocado um implante BTI de 4x13 de conexão interna e um enxerto de tecido conectivo subepitelial que foi fixado com nylon 5/0. O pós-operatório transcorreu sem complicações.

Aos quatro meses, foi realizada a segunda fase do implante e novo enxerto de tecido conectivo subepitelial tunelizando.

Implante (Figs. 14 e 15)

Fig. 14.
Fig. 15.

Tratamento restaurador (Figs. 16-18)

Fig. 16.
Fig. 17.
Fig. 18.

Após a fase de cicatrização tecidual e osteointegração implantológica, procede-se à restauração da peça ausente. A paciente apresenta um contorno gengival plano e sobrecontornado a nível vestibulolingual, o espaço mesiodistal do 21 é de 10 mm e a largura do 11 é de 9 mm, portanto precisamos compensar a discrepância adicionando 0,5 mm na mesial do 11.

Fase de provisão e modelagem de tecidos moles (Figs. 19-24)

Fig. 19
Fig. 20.
Fig. 21.
Fig. 22.
Fig. 23.
Fig. 24.

Faz-se a 1ª impressão do implante com uma técnica de cubeta aberta e silicone de adição, para a confecção de uma coroa provisória de resina acrílica parafusada. Seleciona-se a cor base A1 e caracterizações existentes.

Coloca-se o provisório na boca modificando o contorno cervical exercendo leve pressão sobre o tecido gengival. Realiza-se uma restauração direta de compósito na mesial do 11 para distribuir espaços e alcançar simetria entre ambos os incisivos.

A paciente comparece à consulta na semana, 15 dias e no mês para modificar o provisório até alcançar o contorno gengival desejado. (Figs. 25 e 26)

Fig. 25.
Fig. 26.

Coloca-se o transfer individualizado na boca e faz-se a nova impressão com cubeta aberta. (Fig. 27)

Fig. 27.

A restauração final será uma coroa de zircônio cimentada sobre um pilar de zircônio individualizado. Realizam-se os testes e modificações pertinentes e coloca-se a restauração final. (Figs. 28-33)

Fig. 28.
Fig. 29.
Fig. 30.
Fig. 31.
Fig. 32.
Fig. 33.

Retenção (Figs. 34-36)

Fig. 34. Retenção frontal sorriso.
Fig. 35. Retenção sorriso.
Fig. 36. Retenção intraoral frontal.

Comparativa início/final (Figs. 37-40)

Fig. 37. Início frontal sorriso.
Fig. 38. Sorriso frontal final.
Fig. 39. Início intraoral frontal.
Fig. 40. Frontal intraoral final.

Discussão

A combinação de tratamentos ortodônticos e cirúrgicos permite, de forma previsível e segura, obter um resultado ótimo no manejo dos dentes anquilosados em infraoclusão e especialmente com diferente altura gengival. A decisão do uso ou não de distractores dependerá do cirurgião.

O uso de dispositivos de distração tem desvantagens; a cirurgia necessita de uma abordagem maior com dificuldades em fragmentos tão pequenos para colocar o distractor, com potenciais problemas com os parafusos de osteossíntese, dificuldades para corrigir o vetor, problemas com a higiene e o desconforto.

Também é necessária uma segunda cirurgia para retirar o distractor.

No nosso caso, utilizamos para controlar o deslocamento e a posição do fragmento dentoalveolar o conceito de osso flutuante, no qual o fragmento osteotomizado foi controlado utilizando elásticos intermaxilares antes de sua consolidação. O uso de aparelhos ortodônticos permite um ajuste mais fino e previsível.

O dente anquilosado foi mobilizado até mesmo abaixo do plano oclusal em 8 semanas. Às vezes, pode ocorrer intrusão de dentes adjacentes que necessitam de elásticos intermaxilares.

Uma vez que chegou à posição adequada, embora neste caso tenhamos hipercorrigido, estabiliza-se com um arco plano e, aos quatro meses da cirurgia, existe osso neoformado.

A reabsorção radicular é frequente antes ou depois do tratamento de dentes anquilosed. No nosso caso, com sinais claros de reabsorção prévia ao tratamento, utilizou-se o dente para facilitar o transporte do fragmento dentoalveolar seguindo o conceito de osso flutuante para levá-lo até mesmo abaixo do plano oclusal, melhorando a altura do osso alveolar e da margem gengival do dente tratado sem sinais de recessão e boa harmonia com os dentes adjacentes. Isso é fundamental e nos permitirá então planejar um implante na região anterior, sempre difícil.

 

Fé Serrano Madrigal, César Colmenero Ruiz, Javier Prieto Serrano, Lucía Esteban-Infantes Corral